Thomas Jefferson fez constar na Declaração da Independência americana, que todo indivíduo tem o direito inalienável à busca da felicidade. Como ressalta este título que a Perspectiva ora publica, a verdade, no entanto, é que a felicidade tem tantos significados quantos são os seres humanos que habitam este planeta, ´fica difícil lhe dar uma definição ou um conceito objetivamente válido´, como ressalta Isaac Epstein, neste ´Dicionário Incompleto da Felicidade´, pois se ´todos concordam em dar o mesmo nome ao que pensam ou sentem e, no entanto, podem pensar ou sentir coisas diferentes, então o significado comum da palavra é apenas nominal´. Quase se poderia dizer que o valor da felicidade é inestimável, não fosse o fato de que os principais economistas e políticos cada dia mais acreditam ser imprescindível estimá-la, ponderá-la, pesquisá-la. A busca pelo summum bonum, pelo bem supremo tornou-se científica, sua importância para o desenvolvimento individual e social entrou em pauta na política, as políticas públicas o têm como horizonte, e o nível de felicidade dos povos vem sendo contraposto ao PIB de forma a ajudar a entender, por exemplo, porque acima de determinado nível o crescimento econômico não gera mais bem-estar ou o porquê da satisfação ou insatisfação social em países tão díspares como os Estados Unidos e o Butão. Parafraseando Cecília Meirelles, pode-se dizer que se a felicidade é ainda uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda, ela tornou-se algo que ainda assim, mesmo de forma incompleta como hoje, é imprescindível estudar.