O livro mostra como o mundo hiperconectado de hoje está fazendo com que estruturas rígidas e hierarquizadas – como igreja, estado, empresas, escolas e família – tenham de se adaptar aos novos tempos. O autor defende a ideia de que quem não fizer isso corre o risco de desaparecer, pois a transformação não é só na tecnologia, mas nas relações pessoais e na forma de pensar.
Refletindo sobre as transformações nas estruturas tradicionais, ele afirma que “vivemos a transição de um mundo descentralizado (hierarquizado) para um mundo distribuído (sem, ou com poucas, hierarquias). Vivenciar este momento híbrido é empolgante, mas ao mesmo tempo causa insegurança e confusão. Trata-se de construir algo novo, o que só acontecerá com qualidade se houver diálogo e entendimento”.
Emerson Bento Pereira destaca que a época em que o mundo mudava devagar e havia tempo para entender as transformações não existe mais: “Tudo muda muito rápido e, com isso, quase nada é permanente: quase tudo se torna transitório, efêmero. Saber conviver com essa efemeridade, ao mesmo tempo em que se desenvolvem negócios, se constroem relações e se aprende, é a grande exigência desse novo mundo.” É preciso, por exemplo, investir no autoconhecimento, desenvolver a interdependência (o senso de coletividade) e aprender a lidar com o volume de informação cada vez maior – nem sempre confiável.
A mensagem geral é de otimismo, mesmo diante das incertezas originadas do processo de profunda mudança: o novo modo de vida que está se formando traz amplas possibilidades para a construção de um mundo mais harmônico e cooperativo.