Este é um trabalho numa área em que Portugal tem um histórico recente muito importante e prestigiante, que deve servir de alavanca a um esforço continuado no futuro. (…) O trabalho (…) tem, desde logo, a virtualidade de fazer uma contextualização teórica muito interessante, rigorosa e fundamentada, com apoio numa muito boa base bibliográfica. O estudo promove também um bosquejo histórico que nos habilita a compreender como o próprio conceito de Diplomacia de Defesa se foi forjando e impondo.(…) Embora, em tese, uma Diplomacia de Defesa possa assentar na promoção de quaisquer valores, por mais díspares e inaceitáveis que sejam, a autora opta naturalmente, ao desenvolver as suas virtualidades, por colocá-la ao serviço daqueles em que se apoia a nossa própria estratégia nacional de defesa, nomeadamente no quadro das alianças a que pertencemos e em cuja promoção colaboramos. (…) As Forças Armadas portuguesas – como testemunhei nas funções governativas que exerci, mas também como embaixador na ONU e na OSCE – são hoje um valor acrescentado na nossa ação internacional que, nesse âmbito, importa promover e reforçar. Aprofundar uma Diplomacia de Defesa – que é muito mais do que uma simples Diplomacia Militar – é algo muito relevante para o nosso prestígio e imagem como país na ordem externa. Francisco Seixas da Costa