Para a diplomacia fazer a paz, é indispensável que existam líderes extremamente capacitados para o cumprimento de seu papel nos assuntos de Estado. A liderança é um quesito fundamental da Razão de Estado. Basta verificar a ordem cronológica dessa ênfase em agir para o interesse nacional estrito (Richelieu, Metternich, Bismarck, Kissinger...). O líder é um educador que sabe conduzir o seu povo para um destino melhor, através de uma gradativa evolução política, econômica, intelectual e também militar. Por isso, às vezes parece que o líder é uma figura contraditória. Mas isso se deve à obrigação que ele tem de conciliar poder e liberdade. Essa não é uma tarefa fácil e requer um tirocínio político-internacional ímpar, apoiando-se sempre na tradição (experiência) e na capacidade de decidir para crescer. É o perfil dos grandes líderes. A diplomacia somente pode ser efetiva através de grandes líderes. Não há espaço, nessa caminhada para meias medidas, e sim, a busca, constante, dos interesses nacionais através de laços cooperativos com outras soberanias. Nenhum país pode ser uma ilha vagante na imensidão da Terra. Em que pese a Soberania outorgar a cada Estado o direito de tomar suas próprias decisões, nenhum país do mundo pode se julgar suficientemente forte de modo a ter uma realidade dissociada da arena internacional. Capacitação e coragem são fundamentais para a liderança.