Considerando a pertinência de pensar um amplo universo de práticas sexuais, a presente coletânea reúne trabalhos das mais diversas áreas de conhecimento em torno das possibilidades metodológicas, analíticas, descritivas e políticas de se pensar a pornografia. Particularmente trabalhos que problematizem a arena da produção de conhecimento sobre / a partir das formas de experimentação da pornografia como um dispositivo em disputa de narrativas, imagens e imaginários. Diante desse empreendimento, as perguntas que nos provocam são: quais pessoas podem ser narradoras no debate sobre o sexo? Quais pessoas podem usufruir da sua sexualidade? Quais corpos despertam desejo, são possíveis de erotismo e tesão? Que visualidades são possíveis de ser construídas e degustadas em produções pornográficas? Como uma pedagogia sexual pode atravessar os corpos das pessoas que sempre tiveram negado o acesso ao protagonismo do próprio prazer? Quais eróticas e sexualidades podemos imaginar e criar? Léa Santana Putafeminista, antiproibicionista, crocheteira, curiosa. Léa Santana tem bacharelado em Relações Públicas pela Universidade do Estado da Bahia, é especialista em Políticas públicas e Desenvolvimento Regional, mestra e doutora em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismos (PPGNEIM/UFBA), com pesquisa na área de mídias, gênero e sexualidades dissidentes. Integra a articulação Mulheres e Mídia – BA e é pesquisadora no Núcleo de Estudos e Extensão em Culturas, Gênero e Sexualidades,na linha de Pesquisa Lesbianidades, Inteseccionalidades e Feminismos (LIF/NuCuS). Luana Souza Feminista negra, doutoranda em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas. Possui mestrado em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais e bacharelado em Letras Vernáculas pela universidade Federal da Bahia. Realizou, durante o doutorado, estágio de pesquisa como integrante do Laboratório PLEIADE, na Universidade de Paris 13 Sorbone Paris Cité. É pesquisadora do grupo de pesquisa Mulheres em Discursos: desestabilizando sentidos IEL/UNICAMP e integra a linha de Pesquisa Lesbianidades, Inteseccionalidades e Feminismos – NuCuS / UFBA. Suas pesquisas são nas áreas de análise de discursos, feminismos, decolonialidade, estudos de gênero, sexualidades dissidentes. Thais Faria Sapatão, jornalista e pesquisadora. Doutoranda em Comunicação pela Universidade federal de Pernambuco, com pesquisa sobre Cinema Lésbico na América Latina. Mestra pela Universidade Federal da Bahia, no Programa de Pós-Graduação Multidisciplinar em Cultura e Sociedade com foco nos estudos de gênero, feminismos, sexualidades, subalternidades e audiovisual. Atualmente integra o NuCuS, compondo a linha de pesquisa Lesbianidades, Interseccionalidades e Feminismos.