Há exatos 70 anos, reuniam-se delegados de 12 países para aprovar o programa e a fundação de uma nova Internacional, a IV, depois de avaliar a morte definitiva da III devido aos acordos com o nazismo e a traição na Guerra Civil espanhola. Não era pouca a tarefa: sustentar o fio de continuidade das Internacionais e do programa histórico do marxismo. No entanto, mesmo perseguidos, reprimidos, isolados, os delegados ao Congresso não recuaram, e votaram documentos que são belíssimos testemunhos do método, da moral e do programa revolucionário, como o “Programa de Transição”, as “Teses sobre o papel mundial do imperialismo norte-americano”, a “Saudação aos nossos mártires vivos e nossos heróis mortos”, que se debruçam sobre as grandes questões de então, como a iminente segunda guerra mundial, e sobre as questões permanentes do marxismo, como a luta pela democracia operária e as bandeiras para a mobilização das massas.