DOIS DEDOS DE POESIA PARA ABRIR O APETITE

Dois Dedos de Poesia para Abrir o Apetite é uma antologia de contos escritos entre os anos de 2012 e 2016, final do meu Ensino Médio e começo da faculdade. Apesar do nome, a poesia não aparece como poema no livro em momento algum. Na verdade, a poesia do livro não é senão a poesia do dia-a-dia, da beleza e dos problemas da vida, as dificuldades filosóficas e materiais, das coisas mais sublimes e das mais ordinárias.
É dessa matéria cotidiana que são tecidas todas as histórias do livro. A morte, a vida, o amor, os sonhos e, claro, a literatura, são temas que atravessam todos os contos com maior ou menor intensidade. Nunca foi a intenção trazer qualquer definição que seja sobre nenhum desses temas, são só reflexões possíveis, positivas e negativas, leves e pesadas, que todos e qualquer um de nós passa e pode passar em qualquer segunda-feira normal.
Além disso, também está presente, em todos os contos, a relação da poesia e da coisa poética com o cotidiano. As referências à Bandeira, Drummond, Pessoa, Guimarães Rosa, e por aí vai, não são incidentais (a princípio), mas antes tentam trazer e dialogar com esses grandes mestres e filósofos que já observaram o cotidiano e viram ou deram-lhe sua própria graça.
Por fim, a minha relação com o Brasil está na base das narrativas. Ainda que de maneira breve ou incidental, as histórias tentam entender, ou, pelo menos, trazer de alguma forma, essa mistura de tupi, guarani, europeu, africano, latino, asiático, tão Brasil!
Enfim, dizendo muito sem dizer nada, essa é a base que une todas as histórias coletadas nesse primeiro livro pra começar minhas veredas pela literatura, levemente inebriante como toda poesia acaba sendo.