As enfermeiras me chamam de Dr. Arrasa-corações. Elas também dizem que sou um cardiologista gostoso. Não que isso valha alguma coisa, já que eu nunca enfiei meu abaixador de língua em nenhuma das minhas colegas de trabalho.
Eu faço as minhas regras, entende?
O problema é quando essas mesmas regras me colocam em situações complicadas. Por exemplo, eu acabei indo a um encontro às cegas com Emily, meu amor de infância, uma mulher que eu não via desde que parti o seu coração no primeiro ano de faculdade. Vamos só dizer que a noite foi um desastre. Bastou ela me dar uma olhada e, bem… Acabou o encontro. Fim de jogo.
Só que eu não consigo parar de pensar nela. Aquela mulher significou todas as primeiras coisas para mim; tudo o que um casal pode experimentar. Além de ser a única que amei na vida.
Como posso deixá-la ir embora de novo quando isso me fará passar mais dez anos imaginando… e se?
A resposta é simples: eu não posso. E é neste momento que uma garotinha colombiana de cinco anos, com um problema no coração gravíssimo, nos une. A mesma menininha que a ONG, em que Emily trabalha, trouxe para os Estados Unidos para fazer uma cirurgia que poderá salvar sua vida. Terei de passar mais tempo com a Emily, apesar do risco. E talvez quebrar cada uma das minhas regras. Mesmo que isso acabe me destruindo no processo.