Em meados do século XX, em oposição à ideia de cidade dispersa que se fortalecia neste momento com a formação das periferias e a expansão da cidade industrial o entorno da Praça da República demonstrava uma vitalidade urbana graças às diversas funções ali implantadas (atividades culturais, comércio, serviço, habitação) e pelos espaços construídos. Este livro debruça-se sobre este período ao analisar os edifícios modernos implantados ao longo das avenidas perimetrais e radiais do Plano de Avenidas, projetados a partir de 1938, que buscavam o aumento do número de pavimentos e do valor do solo a partir da utilização dos benefícios concedidos por uma nova legislação proposta por Prestes Maia. A obra demonstra como os edifícios modernos conseguiram realizar uma continuidade com o espaço público através dos projetos de seus pavimentos térreos. Pilotis, corredores-ruas, acessos por diferentes níveis, liberação do térreo e construção de galerias enfatizavam a íntima relação entre os espaços internos e externos nas construções modernas. Eram espaços privados com características de espaços públicos. A relação entre a morfologia urbana da região e o desenho arquitetônico dos pavimentos térreos são apresentados ainda nos mapas desenvolvidos a partir da profunda pesquisa aqui apresentada.