Para o escritor e jornalista João Saldanha, “Dudude é uma referência ativa da dança brasileira. Nesses anos de vida dançante, percorre por caminhos solitários na sua investigação de vida, ainda que recolhendo aqui e lá vários artistas que colaboram na sua inquietude. Expressionista, adula com a concretude das formas e se já desfaz de qualquer obrigatoriedade com elas. Dudude formou diversas gerações sem perder o seu maior motivo para dançar e criar trabalhos que operem nos mais distintos espaços. Uma solista que encheu os olhos de artistas como Pina Bausch, Katie Duck, Lisa Nelson, Stevie Paxton e outros muitos”, afirma.
Segundo a doutora em artes, diretora teatral e professora da Escola de Belas Artes da UFMG, Mônica Ribeiro, “esta obra resulta do hábito da artista de entretecer palavra e movimento em obras artísticas. Poesia, como lugar de movimento, transparece aqui na experiência narrativa. Dudude passeia pela ficção, permeada pela autobiografia, para pensar a improvisação em dança e sua relação com o viver”, diz.