O objetivo do livro foi mapear o movimento pendular do corpo construído na encruzilhada de discursos, instituições e corporeidade, entre natureza e cultura, indivíduo e coletividade, internalidade e exterioridade, privado e público, real e irreal. Para tanto, considerou-se a ânsia de controle, a busca de sentido, a inclusão do imponderável e da incerteza que provêm sempre mais das transformações por que passam as oposições acima referidas no contato com as inovações advindas das novas tecnologias e seus desdobramentos nos diversos campos do saber. A segunda edição do livro “Em nome do corpo” surge, oportunamente, num momento de difusão das linhas traçadas no espaço/tempo que acolhe o corpo, este grande operador simbólico. As questões tratadas se articulam, certamente, com a mudança do paradigma da racionalidade moderna e a desconstrução das dicotomias dela resultante, mobilizando ainda ideias de unidade/alteridade, real/virtual, estabilidade/mobilidade, mobilidade e nomadismo. Tal paradigma vem sendo substituído e convive com a complexidade, a fragmentação, a emoção, a interação e a indiferença. O corpo é mercadoria a que se atribuem valores mediante a popularidade demonstrada pelo número de acessos nas diversas plataformas e o sucesso medido pelas vitórias alcançadas nas competições generalizadas num mundo que se espetaculariza.