Segundo a obra, para o nascimento de uma sociedade de massa, a singularidade de cada indivíduo precisou ser trabalhada pelas instituições de poder, como a família, a escola, a igreja ou as redes de Tv. O poder que as pessoas chamam de controle da subjetividade promove o esquecimento daquilo que há de singular na vida. E a partir desse esquecimento de si, o controle instala nos indivíduos o 'ser-massa'. Tony Hara escreveu esses ensaios ao longo de 10 anos. Eles registram as tentativas de afastar do pensamento o ser-massa. Talvez o termo mais propício para esse movimento da alma e da escrita seja desemburrar. Tanto no sentido de sair da ignorância sobre si mesmo, quanto no sentido de alegrar-se com o próprio pensamento. E a alegria vem dos encontros com o admirável. Os filósofos Friedrich Nietzsche e Michel Foucault são os companheiros dessa jornada que procura entender a singularidade enquanto afirmação de uma arte de viver.