Amazônia da sociedade da borracha, produtora de riqueza, luxo, exploração e de uma crise sem fim, quando de sua desarticulação.
A Amazônia de Euclides da Cunha, o autor que revela a floresta, trata do clima caluniado e denuncia a vida do seringueiro,
A Amazônia da Primeira República, o inferno verde, prisão a céu aberto para malfeitores e abandonada pelo governo federal em seu momento mais angustiante.
A Amazônia reinterpretada e valorizada durante a Era Vargas e
sua Marcha para o Oeste.
A Amazônia aberta a um novo horizonte de expectativas a partir da Constituição de 1946 e da implementação da SPVEA, em 1953. Este livro trata de todas as questões acima, presentes na relação política da Amazônia com o governo central brasileiro ao longo de mais de sessenta anos (desde o início do século XX até meados da década de 1960). Por meio da análise a respeito da imagem da Amazônia e de sua representação, o livro avalia diferentes ações (e omissões) estabelecidas pelo governo central brasileiro para lidar com os problemas do espaço amazônico, em tempos históricos distintos. O leitor encontrará aqui um estudo sobre como o Estado nacional brasileiro entendia e tratava o mundo amazônico e de que maneira a relação Brasil-Amazônia foi alterada com o passar do tempo. A partir disso, o leitor poderá refletir sobre como o surgimento de novos discursos, de ideologias políticas diferentes, foram capazes de transformar o olhar e o entendimento sobre o mesmo objeto. Durante o período analisado, as transformações pelas quais o país passou trouxeram esperanças diversas para o futuro amazônico, esperanças essas que, infelizmente, nunca chegaram a ser realizadas em sua totalidade.