A obra Entre Reflexo(e)s e Subverso(e)s – Para Fora, é repleta de poemas ácidos, irônicos e reflexivos sobre como a sociedade, não só a brasileira, molda e é moldada pelos agentes e grupos sociais culturalmente intervencionistas, como as instituições (escola, religião, trabalho, família e o Estado) e as grandes corporações. Ainda nesse tema, o livro tenta esboçar algumas meta narrativas usadas para manipular a coisa alheia para benefícios e interesses espúrios de alguns em detrimento do restante da massa, tendo como resultado um eterno conflito cultural fruto da própria estrutura mimética que cidadãos e grupos promovem. Também há poemas que caracterizam personagens antagônicos, suas interações e respectivos papéis sociais, além dos problemas, dilemas e flagelos, como consequências, que algumas classes passam em detrimento dos interesses de outras. Já outros poemas tentam remeter a ideia de crenças e construções sociais que o cidadão transforma em pautas e causas. A consequência disso culmina nos aspectos econômico, cultural, ideológico e social que enfrentamos, impactando significativamente na qualidade de vida das camadas mais baixas. As pautas dos poemas retratam além desses problemas sociais, o próprio ciclo de manipulação e servidão passiva e alienante entre os agentes, devido à falta ou deturpação de informações capaz de obter uma reflexão.
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