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    EPIFANIAS

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    Sinopse

    Certa vez, Joyce olhou pela janela de seu apartamento e viu uma mulher no edifício ao lado puxando a corrente de descarga da privada. Para ele, essa cena aparentemente banal continha fortes implicações eróticas. Essa teria sido uma das muitas epifanias profanas de Joyce.

    Richard Ellmann lembra que um dos divertimentos favoritos do escritor era destruir velhas coisas solenes. Num determinado momento, o escritor irlandês ficou “contente por encontrar valor no que se esperava que ele condenasse como comum e vulgar”. Era assim que ele reinventava o mundo.

    Joyce teria “encorajado” Leopold Bloom (Ulisses) – só para mencionar seu mais célebre personagem – a infundir singularidade às coisas comuns. Como afirma Ellmann, “Bloom difere dos dublinenses menos importantes porque sua poesia interna é contínua, até nas situações menos promissoras”.


    Em Joyce, não há mais uma prosa, um dizer narrativo típico, “mas sim um feixe de forças, do tracejado que compõe sua própria ausência”, diz Piero Eyben no prefácio de sua bela tradução das 
    Epifanias
    .


    Quando lemos Joyce, precisamos voltar nossos olhos para o instante da experiência que emerge graças a uma revelação interior abrupta. A epifania seria justamente essa súbita manifestação, esteja ela na vulgaridade da fala e do gesto ou em uma fase memorável da própria mente. Aliás, para Hélène Cixous, a epifania seria o “descarrilamento da consciência”.

    Joyce acreditava que cabia ao escritor “registrar essas epifanias com extremo cuidado, vendo que elas próprias são os mais delicados e evanescentes dos momentos”, como afirma Eyben. Sendo o maior desafio dessas curtas narrativas aliar a velocidade inesperada à já desgastada experiência do dia a dia.

    Neste pequeno volume precioso, a tradução de Eyben leva a sério esse desafio.


    Dirce Waltrick do Amarante

    Ficha Técnica

    Especificações

    ISBN9788573213973
    Tradutor para link
    Pré vendaNão
    Biografia do autorJames Augustine Aloysius Joyce (Terenure, Irlanda, 2 de fevereiro de 1882 — Zurique, Suíça, 13 de janeiro de 1941) foi um romancista, contista e poeta da Irlanda que viveu boa parte de sua vida expatriado. É amplamente considerado um dos maiores escritores do século XX. Suas obras mais conhecidas são o volume de contos Dublinenses/Gente de Dublin (1914) e os romances Retrato do Artista Quando Jovem (1916), Ulisses (1922) e Finnegans Wake (1939) - o que se poderia considerar um "cânone joyceano". Também participou dos primórdios do modernismo poético em língua inglesa, sendo considerado por Ezra Pound um dos mais eminentes poetas do imagismo.
    Peso161g
    Autor para link
    Livro disponível - pronta entregaSim
    Dimensões21 x 14 x 0.6
    IdiomaPortuguês
    Tipo itemLivro Nacional
    Número de páginas112
    Número da edição1ª EDIÇÃO - 2012
    Código Interno696727
    Código de barras9788573213973
    AcabamentoBROCHURA
    AutorJOYCE, JAMES
    EditoraILUMINURAS
    Sob encomendaNão
    TradutorEYBEN, PIERO

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