O racismo institucional se instala nos programas, departamentos, secretarias de Educação – nos três âmbitos governamentais –, nas leis e projetos que governam escolas, institutos e universidades, sejam públicos ou privados. É ele que interfere nas carreiras de professores/as negros/as. É o mesmo que embranquece os currículos e os referenciais bibliográficos levando a que milhares de estudantes, nas mais diversas áreas do conhecimento, terminem seus cursos sem jamais haverem estudado autores negros, sejam estes brasileiros ou não.
Epistemologias pretas em narrativas insurgentes nasce do desejo das organizadoras, que são duas mulheres pretas doutoras nas áreas de Educação e Direito, de vasculharem os meandros dos processos educacionais e de letramento social antirracista no Brasil, dispostos a enfrentar as complexidades pedagógicas de uma busca por um ensino mais diverso, plural e antidiscriminatório.
Com o prefácio de Joselina da Silva, com pós-doutoramento pela Pontifícia Universidade Católica do Peru, o livro busca contribuir para incentivar não somente a leitura, mas especialmente maior engajamento na mudança de mentalidades e comportamentos ainda propensos a repetir a violência racial no cotidiano brasileiro.
Esta é uma obra, antes de tudo, para quem quer de fato ser antirracista. É também uma obra para aprofundar a leitura em temas instigantes e contemporâneos. Composta por 8 capítulos, pode-se chamá-la de investimento contra o racismo e os mecanismos excludentes produzidos num país que ainda precisa fortalecer a luta pela democracia e contra todas as formas de violência.
Coordenadoras: Vitória Régia Izaú e Maria Angélica