Livro retrata a luta contra a doença que atinge mais de 12 milhões de brasileiros. Cerca de 95 mil renais crônicos no país dependem de diálise ou transplante para sobreviver. A realidade vivida por um grupo de pacientes que realizam Diálise Peritoneal (DP) – uma modalidade domiciliar de terapia renal – resultou na publicação do livro “Escolher e Viver – Tratamento e Qualidade de Vida dos Pacientes Renais Crônicos, um projeto realizado pela Organização ImageMágica, com o apoio da Baxter Hospitalar. O livro retrata as histórias de vida de 16 pacientes cujos cotidianos foram registrados pelo fotógrafo André François, fundador da Organização ImageMágica, que, durante 18 meses, percorreu o Brasil em busca desses relatos. A via crucis da falta de vagas para hemodiálise, a necessidade de viajar longas distâncias em busca de tratamento ou simplesmente o fato de terem contraindicação médica para hemodiálise são algumas das circunstâncias que levaram esses pacientes a se tratarem com DP. São pessoas que precisaram alterar suas rotinas após receber o diagnóstico de doença renal crônica e que, hoje, graças à autonomia que a diálise domiciliar possibilita, conseguem manter uma vida ativa e com qualidade, ressalta o fotógrafo. Para a presidente da SONESP – Sociedade de Nefrologia do Estado de São Paulo, Dra. Altair Lima, a diálise peritoneal é um excelente tratamento, que fornece segurança e qualidade de vida a seus usuários. É também, uma alternativa fundamental para solucionar o problema da falta de vagas e de adesão ao tratamento; prejudicado quando o paciente precisa viajar três vezes por semana, por longas distâncias, para se tratar. Mesmo no Estado de São Paulo existem pacientes que viajam mais de 400 Km para serem submetidos à hemodiálise.