Minha sacola

    Ref:
    764115

    Por: R$ 59,00

    Preço a vista: R$ 59,00

    Comprar

    Calcule o frete:

    Para envios internacionais, simule o frete no carrinho de compras.

    Calcule o valor do frete e prazo de entrega para a sua região

    Editora
    ISBN
    Páginas
    Idioma
    Peso
    Acabamento

    Sinopse

    Tudo começa a partir da memória pessoal, de um acaso e uma iluminação. À noite, ao deitar-se, outra noite se sobrepõe à do presente, e com ela, como num desfile de beleza e de terror, surgem, do passado, a alegria dos momentos da infância, como também a própria história, com raízes profundas na vida e na imaginação europeia – e por que não dizer, em nossa própria vida, já que, brasileiros, somos frutos deste mesmo sonho, para o bem e para o mal.

    São camadas de tempo que a sonda sensível da poeta Ana Luísa Amaral, uma das mais importantes da poesia portuguesa contemporânea, parece arrancar do fundo do escuro e expor à luz do presente, logo no primeiro poema deste livro. Estas camadas, por assim dizer, coabitam neste mesmo momento de crise do capitalismo, em que lemos jornais e deparamos, atônitos, com “a violência de ser em cima desta terra”. Ou, como diz a poeta, tudo passa por um mesmo corredor. Ao lembrar a infância, “a cama e as cascatas frescas dos lençóis/ macios como estrangeiros chegando a país novo”, memória pessoal e história se encontram, entroncadas.


    Seria impossível ler 
    Escuro
     sem topar com 
    Mensagem
    , de Fernando Pessoa, que já ecoava, em outro plano, 
    Os Lusíadas
    , de Camões. Mas aqui a mitologia petrificada portuguesa parece ser questionada a partir do presente, quando o mito já se sabe mito e o que ocultava. “Comecei a formar-me/ a partir do mito”, escreve a poeta em “Nevoeiro” (que dialoga com outro nevoeiro, o de Pessoa).



    Essa consciência ilumina as três partes de 
    Escuro
    : “Claro-escuro”, com dois poemas, um de recorte lírico e outro com uma voz narrativa mais ampla, em que as raízes do processo do colonialismo europeu são postas do avesso, com saques e destruições “em nome de um equilíbrio novo”. Na parte central, chamada “Por que outra noite trocaram o meu escuro”, a poeta dá voz ao passado, seja a partir da “cobiça dos poderosos”, seja a da “sede dos mais pequenos por moedas”, além de pôr em cena as torturadas vozes femininas – daquela mulher, rainha ou não, que “estava ali, de lado”. Na última parte, “Em outra fala”, o futuro ecoa neste corredor do tempo, na busca de um “outro mundo de harmonia e sons”. E todas as vozes se reúnem, por fim, no lirismo de “O drama em gente: a outra fala”: “O lume que as sustenta,/ a estas vozes,/ é mais de dentro, e eu não sei o que dizer”.


    A Europa que emerge destes poemas não é mais a contemplativa e melancólica de Pessoa, mas aquela que “não tem olhos, nem mãos, nem fita nada”. Uma Europa “sem esfinge que deslumbre”.


    Heitor Ferraz Mello

    Ficha Técnica

    Especificações

    ISBN9788573214819
    Pré vendaNão
    Biografia do autorAna Luísa Amaral é uma poetisa portuguesa, tradutora e professora de Literatura e Cultura Inglesa e Americana na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
    Peso158g
    Autor para link
    Livro disponível - pronta entregaSim
    Dimensões22.5 x 15.5 x 1
    IdiomaPortuguês
    Tipo itemLivro Nacional
    Número de páginas80
    Número da edição1ª EDIÇÃO - 2015
    Código Interno764115
    Código de barras9788573214819
    AcabamentoBROCHURA
    AutorAMARAL, ANA LUÍSA
    EditoraILUMINURAS
    Sob encomendaNão

    Conheça outros títulos da coleção

      Este livro é vendido

      SOB ENCOMENDA

      Prazo estimado para disponibilidade em estoque: dias úteis

      (Sujeito aos estoques de nossos fornecedores)

      +

      Prazo do frete selecionado.

      (Veja o prazo total na sacola de compras)

      Comprar