Para a apresentação deste trabalho, seguindo a Escola de Frankfurt, optou-se pelo uso da análise crítico-reflexiva na abordagem do comportamento da esquerda militar brasileira. Vale ressaltar que Gastão Rúbio de Sá Weyne, autor deste livro, então Primeiro-Tenente do Exército Brasileiro, foi preso no dia 1º de abril de 1964, incomunicável, durante 36 dias, pela sua posição contrária ao golpe militar de 1964, somando-se mais de 80 dias de confinamento em fortalezas, navio-prisão e quartéis. Gastão foi companheiro de prisão no navio Princesa Leopoldina, durante 36 dias, de generais, brigadeiros e almirantes, grandes líderes da esquerda militar brasileira, como, entre outros, o Major Brigadeiro do Ar Francisco Teixeira, Ministro da Aeronáutica do Governo de Jango Goulart; o General de Brigada Artur Guaraná de Barros, Professor Titular de Química Industrial do Instituto Militar de Engenharia (IME); Almirante Renê Magarinos Torres; Contra-Almirante José Luiz de Araújo Goyano. Devo confessar que minha adolescência foi vivida entre comunistas da cidade de Fortaleza (CE) e que passei a admirar o idealismo natural que eles tinham, objetivando a redução das desigualdades sociais que também me eram desagradáveis e causavam-me uma situação de grande incômodo. Além disso, a casa em que morei nos idos de 1950, sita no Bairro de Joaquim Távora, na Avenida Visconde do Rio Branco, 2494, em Fortaleza (CE), era onde se reuniam os membros da Célula Tiradentes, do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Assim, o autor pertence, honrosa e convictamente, à esquerda militar brasileira e sobre ela pode fazer esta narrativa. São Paulo (SP), janeiro de 2017. O Autor.