O livro Esses loucos, lúdicos e desinformados patriotas, o oitavo do autor, retrata alguns motivos que levaram milhões de brasileiros a enveredarem pelo caminho da incerteza em busca de um golpe militar ou civil contra a própria democracia brasileira. Pessoas que brigaram com amigos, parentes e de certa forma se isolaram de quem não acreditava naquilo que elas pensavam ser o certo para o país. Em raros momentos na história da república brasileira assistimos a espetáculos tão dantescos como os vividos desde 2018, quando o ex-deputado do baixo clero, incipiente e improdutivo, resolve ser candidato à presidência da república. Sua vitória trouxe ao cenário político o componente do ódio, das mentiras espalhadas por mensagens de aplicativos como WhatsApp e Telegram, além de inundar as redes sociais levando desinformação. Como disse Tony Judt: “O desafio da nossa geração não é escolher entre o capitalismo e o comunismo, entre o final da história ou o retorno da história, mas sim, entre a política de coesão social baseada em propósitos coletivos e a erosão da sociedade mediante a política do medo”. Por mais que os políticos sigam sendo os grandes responsáveis pela situação de penúria em que nosso povo vive, cabe exclusivamente a nossa sociedade encontrar forças e o caminho dentro dos preceitos democráticos para reverter todo esse estado de coisas que nos atrasam e nos dividem e ajudam a formar grupos sectários e atrasados que não nos levam a lugar algum.