Durante cinco anos, Sonia Clara Levy escreveu um romance que se fez com a respiração dos dias. Escrever é um ato contínuo de um só autor, que é levado por seus personagens, pelas falas ininterruptas desses seres etéreos, que não dormem, não cessam, nem descansam. Sonia Clara nos trouxe Sophie e Joaquim, em sua inenarrável devoção, por um amor belo e inexplicável, que se desdobra a cada dia quando Sophie desperta. Ela dorme e acorda para outro dia inesperado. E Joaquim está sempre lá, à espera. A Estação Bavária é o refúgio que acolhe esses dois amantes, imersos em um redemoinho de descobertas. A mente torna-se infinita em seus desdobramentos. E nos aproxima das viagens que fazemos para dentro de nós mesmos, em meio a surpresas e desvelos. Para Sophie, Joaquim é um alumbramento. Para ele, ela é o ser revelado por meio de sonhos e viagens, que convergem para aquele lugar, onde eles se encontram. Os monólogos e diálogos no livro constroem e reconstroem o existir em busca de uma essência perdida de um cotidiano apático. A paixão aflora de onde não se espera. E, para Sophie, vale tudo em sua redescoberta. Joaquim a devolve a si mesma. Bem-vindos à Estação Bavária. Apresentação de Thereza Christina Rocque da Motta.