Estética filosófica para o ensino médio é direcionado à formação continuada de docentes desse nível da educação básica. Contendo reflexões que abarcam a longa duração, brinda o leitor com questões cruciais para o entendimento do debate travado na Atenas socrática (470–399 a.C.), período áureo que marca o despertar da filosofia como "conhecimento de si", até o último século no Brasil. Mais que respostas prontas, definitivas, suas páginas são um convite ao aprender a historicizar o(s) conceito(s) de Belo e a duvidar da existência de um "padrão de gosto" universal e atemporal. Em um mundo cada vez mais dominado pelas linguagens visuais, sonoras e cênicas, as reflexões aqui contidas têm o mérito, dentre outros, de problematizar a complexa relação entre aparência e realidade. Comprometido com esse princípio, o autor nos ensina que à arte não cabe dissolver as diferenças, mas, antes, oferecer-nos um mínimo de determinação para que possamos enxergar e compreender o múltiplo, o desigual, as tensões, condições essenciais à construção de um mundo norteado pelo verbo "transformar".