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Sinopse
analisa a lógica da violência de gênero, apresentando-a como parte integrante das
engrenagens simbólicas que sustentam as relações de poder na sociedade. Em uma
abordagem que combina rigor acadêmico e urgência política, Segato convida a uma leitura
que ultrapassa as análises superficiais que tentam explicar atos violentos como desvio
individual ou patologia. Em vez disso, a autora demonstra como a violência está
intrinsecamente ligada à reprodução das hierarquias de gênero e à manutenção de uma
ordem social desigual.
Um dos conceitos centrais da obra – que se apoia nos campos da antropologia, da
psicanálise e dos direitos humanos – é o entendimento do estupro como “mandato”, um
mecanismo estruturante do patriarcado que opera para reafirmar o controle sobre os corpos
femininos. A violência se impõe, assim, como um elemento sistemático, essencial para
preservar a economia simbólica de poder, que conta com a cumplicidade de instituições,
normas culturais e práticas cotidianas que naturalizam e perpetuam o domínio masculino.
Já publicado em diversos países, onde se tornou referência, o livro defende que somente a
partir de uma reforma da intimidade será possível desmantelar a escalada da violência,
desde suas manifestações domésticas até os níveis globais. Para isso, Rita Segato aponta a
importância do papel da comunicação como motor de mudança das relações sociais pela
sua eficácia simbólica, e dos direitos humanos, que ao estabelecer normas morais para toda
a sociedade e dar nome às queixas e aos desejos coletivos cumprem um papel pedagógico e
transformador.
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9786585984386 |
---|---|
Tradutor para link | GONTIJO DANÚ |
Pré venda | Sim |
Biografia do autor | Antropóloga argentina, reconhecida e premiada internacionalmente pelos trabalhos em torno do feminismo e da violência contra as mulheres. É professora emérita da Universidade de Brasília (UnB) – onde lecionou entre 1985 e 2010 –, titular da Cátedra Unesco de Antropologia e Bioética e coordenadora da Cátedra Aníbal Quijano do Museu Reina Sofía, na Espanha. Trabalhou como perita antropológica e de gênero no histórico julgamento da Guatemala, em que se condenaram membros do Exército pelos delitos de escravidão sexual e doméstica contra mulheres maias da etnia g’egchi, e foi convocada à Ciudad Juárez, no México, para expor sua interpretação em torno das centenas de feminicídio perpetrados no local. Foi coautora da primeira proposta de cotas para estudantes negros e indígenas na educação superior do Brasil. Entre as suas obras estão "A Nação e seus Outros" (2007), "A guerra contra as mulheres" (2017), "Contrapedagogias da crueldade" (2018), "Crítica da colonialidade em oito ensaios" (2021) e "Cenas de um pensamento incômodo: gênero, cárcere e cultura em uma visada decolonial" (2022), estes dois últimos lançados pela Bazar do Tempo, que publica o conjunto de seus livros no Brasil. |
Peso | 200g |
Autor para link | SEGATO RITA |
Livro disponível - pronta entrega | Não |
Dimensões | 21 x 14 x 2 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 360 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2025 |
Código Interno | 1125352 |
Código de barras | 9786585984386 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | SEGATO, RITA |
Editora | BAZAR DO TEMPO |
Sob encomenda | Não |
Tradutor | GONTIJO, DANÚ |