Escrevendo este livro sobre os antepassados, senti que estamos vivenciando tudo aquilo no presente. Estava a imaginar o apito prolongado do navio e o vozerio dos emi - grantes no Porto de Gênova, na Itália, no longínquo momento de 7 de fevereiro de 1888, e a chegada deles ao Porto de Santos, aqui no Brasil, em 1º de março de 1888… Todos nós fazemos parte da história. Somos protagonistas, não importa a época. Mas é interessante conhecer quem veio antes de nós para nos situarmos. Uma amiga oriental sempre fala que foi ensinada a agradecer aos antepassados. Já os espíritas relacionam os sofrimentos com as nossas vidas anteriores, dando o nome de karma . Ora, se todo o conhecimento está dentro de nós e as células têm mente, então nosso DNA tem todos os registros das experiências vividas. Voltemos à família oriental: quando agradecemos aos antepassados, estamos agradecendo a nós mesmos. Quando estava em trabalho de campo, colhendo informações sobre os antepassados, senti como se estivesse visitando um museu on-line da família, e nós somos a história viva. É por isto que precisamos nos envolver com os antepassados: para nos conhecermos. Neste livro, vocês farão uma bela viagem pelo túnel do tempo, que não deixa de ser o eterno presente, daí a razão do título do livro. Estou escrevendo esta sinopse agora; - quando termino de escrevê-la, já é o passado.