Discrepâncias na gama de bens humanos, sobre como eles devem ser priorizados e sobre o que queremos dizer quando falamos de bens, dividem, de certa forma, uma cultura de outra e, não menos, dividem as classes, os grupos ou os partidos políticos no interior de uma cultura.Assim como existe um consenso subjacente em nossas práticas de contagem e medição, as quais fornecem uma base para o consenso na aplicação de conceitos matemáticos em testes, a discordância surge na aplicação de conceitos políticos e morais, em parte, pelo menos no que tange à existência de diferentes modos políticos e morais práticos, uma dissidência que se estende à maneira como a própria dissidência deve ser resolvida.Entrementes, daqueles a quem nos dirigimos, quando defendemos abordagens políticas e morais, devemos saber o que de crenças, posições e compromissos serão capazes de assumir, do quanto estarão dispostos a permanecerem abertos às nossas mais relevantes abordagens e, quiçá, o como vão considerá-las racionalmente convincentes. Em muitos casos, não podemos aprender isso sem nos engajarmos num diálogo prolongado com eles, um diálogo que requer abertura de parte a parte para assumir a mais ampla gama de objeções cruciais que eles podem usar contra qualquer parte relevante da abordagem que estejamos construindo.