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Sinopse
Nos 200 anos da Independência do Brasil, “Extermínio” mostra como a morte, a tortura e as ilegalidades historicamente caracterizaram a ação do Estado em relação à população indígena, aos negros escravizados ou libertos, camponeses, sindicalistas e a todos aqueles que tentaram subverter uma ordem social perversa e excludente. A partir de uma farta documentação produzida pelo próprio Estado, a autora demonstra como a lógica de desumanização ou de transformação de determinados grupos em inimigos internos sempre fez parte das estratégias de repressão do Estado brasileiro, um “pós-graduado em quebrar as próprias leis”. Qualquer semelhança com os tempos atuais não é mera coincidência, é história.
Uma nação de mais de 200 milhões de pessoas não acorda um belo dia e decide que o ódio e a intolerância são a melhor forma de levar a vida. Ninguém decide, de uma hora para outra, que essa história de terra indígena é um desperdício e que é melhor entregar tudo para o garimpo e o agronegócio, porque eles sim, contribuem para o engrandecimento da nação. Ou que é aceitável que forças de segurança pública matem 20 pessoas em operações realizadas em bairros residenciais. Ou que quilombolas não servem nem para se reproduzir. Ou que militares têm mais é que mandar em tudo porque senão vira bagunça. Ou que algumas pessoas merecem ser torturadas. Ou que não tem nada demais que juízas, fiscais do Ministério do Trabalho e vereadoras sejam assassinados por investigarem o que (não) deveriam. Ou que camponeses podem ser emboscados porque, afinal, não passam de uma ruma de vagabundos. Em 2022, o Brasil celebra 200 de existência formal, período que se inicia com a independência política do Reino de Portugal. Extermínio – Duzentos anos de um Estado genocida denuncia que desde os primeiros momentos enquanto nação, o poder público brasileiro não se intimidou em massacrar cidadãos que ousaram se levantar para exigir seus direitos. Evidencia ainda o fato de sermos uma sociedade que quase nunca consegue equacionar conflitos -- que emergem em qualquer comunidade, sem fazer uso da força, do tiro e da tortura. Do massacre dos cabanos, passando pelo de povos indígenas, sindicalistas e moradores de favelas, o Exército e as forças privadas de segurança sempre obedeceram às tarefas que grupos no topo da hierarquia política e econômica consideravam necessárias para que o povo voltasse a ser povo.
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9786555358285 |
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Subtítulo | DUZENTOS ANOS DE UM ESTADO GENOCIDA |
Biografia do autor | Viviane Gouvêa é formada em Ciências Sociais e mestre em Ciências Políticas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É pesquisadora do Arquivo Nacional desde 2006. |
Pré venda | Não |
Peso | 235g |
Autor para link | GOUVÊA VIVIANE |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 23 x 16 x 2 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 224 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2022 |
Código Interno | 1006835 |
Código de barras | 9786555358285 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | GOUVÊA, VIVIANE |
Editora | PLANETA DO BRASIL |
Sob encomenda | Não |