É natural que, com as novas realidades e as corriqueiras mudanças nos arranjos da população, as interações familiares se adaptem às alterações das dinâmicas sociais. As famílias coparentais, aquelas formadas por indivíduos que almejam exercer a paternidade/maternidade sem ter um vínculo conjugal/amoroso, pois o que os unirá é o filho, são um exemplo das constantes adequações da sociedade. Com a crescente busca sobre a coparentalidade e o interesse nessa formação de família, sobretudo em decorrência do aumento dos contatos virtuais que possibilitam que pessoas dos mais diversos cantos do mundo possam se conectar, é necessário que os profissionais do Direito estejam preparados para essa demanda. Diante desse cenário, o presente trabalho realiza uma imersão neste novo núcleo familiar. Para tanto, buscou-se trabalhar com importantes e diversas frentes jurídicas a respeito do assunto, iniciando pela análise dos princípios do Direito de Família, que são os pilares para assegurar e salvaguardar as famílias coparentais. Na sequência, fez-se uma apresentação do que é a coparentalidade e o porquê da utilização do termo, iniciando em tal momento a interdisciplinaridade, sendo que a comunicação entre diferentes áreas perpetuará durante todo o estudo. Em seguida, retratou-se histórias de famílias e parceiros coparentais, demonstrando que não há como refutar que a coparentalidade é uma realidade social. Quanto aos temas jurídicos cruciais para melhor entender e auxiliar aqueles que buscam efetivar esse formato de família, entre outros, trabalhou-se o contrato de geração de filhos e a adoção de crianças e adolescentes pelos membros coparentais. É inegável que as transformações das e nas relações familiares caminham à frente das previsões legais, e, provavelmente, assim sempre será. Porém, o ordenamento jurídico e os operadores do Direito não podem ficar para trás e é isso que este trabalho visa: estar mais próximo de tais mudanças, com o intuito de orientar e proteger, da melhor m