Quando a vilã é a própria mente, as batalhas internas parecem infindáveis e você se torna soldado de si mesmo, rendido por seus próprios fantasmas. Um transtorno ultrapassa qualquer razão, qualquer limite. É navegar num mar de neuras e se afogar em culpas ácidas. É sentir-se estranho morando dentro do próprio corpo. É parasitar pela vida, ansiando por aprovação, enquanto o mundo parece ter olhos apenas para os padrões “ideais”. É querer muito (muito mesmo!) pedalar ruas afora, mas só ter medo de cair. Talvez por isso que o TA seja uma das realidades mais secretas sobre si mesmo. Às vezes tão bem escondida que quase se esquece onde está guardada. Mas ele, o TA, não esquece não. Sorrateiro, nem liga para rosto, sobrenome, cargo ou conta bancária, apenas segue deixando suas marcas… em corpos, mentes, almas, histórias, em muitas histórias. FAMINTA é um romance visceral que desafia e conforta. É um resgate inquietante de memórias que embrulham o estômago. Faz sorrir em meio às lágrimas. Traz verdades nebulosas e libertadoras. É sobre a fome insaciável, a ferida que não cicatriza. É sobre quebrar julgamentos e preconceitos e despadronizar corpos. É sobre aquietar a mente e descansar para recomeçar, uma e tantas vezes mais quanto forem necessárias. É sobre um dia de cada vez… Uma neura a menos, um pulsar a mais.