É muito gratificante fazer parte de um projeto como este, que reúne grandes nomes do setor de eventos brasileiro. Começo dizendo que este livro pode ser considerado uma pós-graduação voltada para atualização dentro do segmento, que obrigará muitas releituras. Os pontos de vista apresentados no decorrer do material mostram uma evolução e uma abordagem histórica de muitos ângulos do setor. Há algum tempo, Flavio Correia, o nosso “Faveco”, nominou que as feiras de negócios eram uma mídia presencial. Porém, após esta leitura e todo este aprendizado, considero que teremos que alterar e denominar o nosso setor de mídia phygital, que mescla o relacionamento multiplataformas, sendo elas físicas, por meio dos encontros presenciais, e digitais, por meio das redes e novos canais, o que culmina na criação de uma comunidade perene para cada uma das indústrias do nosso mercado.
Isso posto, passo a comentar sobre as mensagens-chaves dos conteúdos que compõem o livro. Iniciando pelo capítulo do Eduardo Zorzanello, que é de uma nova geração de profissionais, que trata sobre o case de sucesso do Festuris, cujo início foi regional e se tornou uma iniciativa internacional. Mostra que a proposta de um evento nunca está fechada, podendo sempre se expandir para novos horizontes.
Quanto ao artigo da Fátima Facuri, presidente nacional da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC) e diretora da Open Brasil, ela demonstra que as indústrias de cosméticos, estética e saúde promovem com muito sucesso eventos nacionais e internacionais, mas que respeitam e trazem as características das diversas regiões brasileiras com muita propriedade.
Já João Piccolo, presidente da Messe Nurenberg, em seu ponto de vista, aponta que, além de valorizar a sua equipe, é importantíssimo dar foco para os planejamentos estratégico e financeiro dos eventos, o que permite a realização de uma diversidade de atividades com sucesso. Portanto, é essencial se estruturar e se preparar para conseguir ampliar a sua gama de atividades.
Marco Basso, presidente da Informa, em seu capítulo, discorre sobre a restruturação do grupo Informa, tanto no Brasil como em outros países onde atua. Ele traz e estabelece o conceito de relacionamento phygital com todos os atores da cadeia, de fornecedores a clientes.
Romano Pansera, presidente da Eventoria, conta a trajetória da Apas Show, suas evoluções e adaptações para permanecer como uma feira líder de mercado. Mostra que inovação e agilidade são essenciais para a promoção comercial.
No texto da experiente profissional Shirley Salazar, ela nos apresenta uma narrativa de como as feiras se tornaram uma atividade milenar, chegando até os dias de hoje. Gostaria de acrescentar, no momento que trata do dr. Caio de Alcântara Machado e cita o nome do engenheiro Armando de Arruda Pereira (meu avô), que ele também foi presidente da comissão dos festejos do IV Centenário da cidade de São Paulo, quando passa essa presidência a Francisco Matarazzo Sobrinho “Ciccillo”, que conduziu brilhantemente aquela obra que nos traz maravilhoso legado para os dias de hoje.
O Parque Ibirapuera está vivo de cultura e de atividades, a saber, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP), Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), Fundação Bienal de São Paulo, Museu Afro Brasil, além do Auditório Ibirapuera e muitas atividades ao ar livre, shows e espetáculos musicais.
Por fim, reforço que esta publicação deve ficar na cabeceira dos profissionais de feiras e eventos de negócios, vale consultar sempre que desejar pensar fora da caixa e aprender com cases de sucesso.
Leiam e releiam!
Armando Arruda Pereira de Campos Mello