Tanto já se falou sobre o que é felicidade que provavelmente só o amor foi mais debatido. Para alguns a felicidade é largar tudo e ir morar na praia. Para outros é ver o resultado depois de muita dedicação e esforço árduo. Para J.J. Camargo, a felicidade é a combinação de dois caminhos: o do amor e o do trabalho. A questão é o quanto essas duas trilhas se cruzam, interagem, se somam, se apoiam ou, infelizmente, tantas vezes, se opõem ou se anulam. Então, como buscar e atingir a felicidade? Segundo o renomado cirurgião, um famoso estudo americano coordenado pela Universidade de Harvard apontou que o fator causador de longevidade feliz não era o valor médio do colesterol ou da pressão arterial que exibimos aos cinquenta anos, mas a intensidade e a quantidade de relações sociais sólidas e bem-humoradas. Esses são os princípios que J.J. Camargo coloca em prática no seu trabalho diário. Seja no consultório ou no hospital, onde não só salva vidas em complexas cirurgias – é responsável por mais da metade dos transplantes de pulmão feitos até hoje no Brasil – como devolve ânimo, esperança e dignidade para seus pacientes, contribuindo para a porção de felicidade nossa de cada dia. Nestas sessenta crônicas, J.J. Camargo aproxima a medicina à vida. Não é possível praticar a primeira sem respeitar o indivíduo que está do outro lado, geralmente numa posição de medo e insegurança pelo futuro ao receber um diagnóstico. Com seus textos, o autor mostra que, já que estamos todos na mesma jornada, por que não fazer diferença, viver uma vida bem vivida, tendo como norte a felicidade – a nossa própria, e também a alheia. No fim, a felicidade é o que conta.