Antes de conhecer por dentro o Festival Breves Cenas de Teatro, eu estive sentada nas cadeiras do Teatro Amazonas assistindo às cenas, vidrada, encantada, emocionada e, em alguns momentos, até sem entender muito bem o que aquilo significava pra mim. Eu ainda não sabia disso quando era público, mas o festival cruzou fronteiras e entrou para a história do teatro no estado do Amazonas e mudou histórias de vidas, como a minha. Este livro invade os bastidores e os camarins, atravessa as cortinas do palco, adentra a área técnica, dialoga com os artistas de maneira honesta e franca, apresenta o público do festival, fala do cenário histórico, social e político nos quais aconteceram suas oito primeiras edições, conta histórias de teatro, da cidade de Manaus, do estado do Amazonas, e de vários personagens da vida real. A ideia foi a de registrar parte das histórias que culminaram em oito edições do Breves, seus atravessamentos e, claro, memórias afetivas e artísticas de um festival que ganhou o público com uma programação diversificada, ousada, diferenciada, na qual o público também era considerado como parte indissociável da “festa”. E ele – o público – soube retribuir. Trata-se do resultado de um trabalho de uma equipe afinada, a qual teve coragem de sonhar alto e grande com um festival que estava além do seu alcance, que ousou em fazer desse sonho uma ideia palpável, que planejou enquanto aprendia o que era realmente um plano, e teve coragem de seguir adiante aprendendo a fazer, fazendo. Se festival é festa, o público desse festival continua sendo o convidado mais importante! Para quem já se divertiu nas filas, quem já esteve na plateia assistindo a uma cena, cantando no karaokê, ouvindo a “Rádio Tambaqui”, procurando um namorado no palco ou competindo numa olimpíada bizarra, aceite este convite para ler e entender o porquê de o Breves Cenas ser uma festa tão animada e alegre. A festa é de amigos!É só chegar…