Filippo: o importante é não se dar por vencido é uma obra comovente, em que forças e batalhas subjetivas profundas ocorrem, com superação de barreiras inimagináveis, também sucumbências. Como faz um bom pescador a buscar um rio piscoso e um bom caniço, está o escritor Moacyr Medri a jogar seu anzol nas melhores palavras para narrar fatos, construir ?cções e, dessa forma, conceber seus textos. Basta lerem seus dois primeiros livros de literatura — Da cor da terra e Cheiro de chuva —, os dois de contos, para sentir quão bom pescador de palavras ele é. Sua singular narrativa nos coloca diante do detalhe, junto do cotidiano dos seus inúmeros personagens. Os subsequentes romances — Travessia: a felicidade não mora ao lado, Pedras, paus & pétalas e Vitória — consolidam, de vez, o chão desse jovem escritor de 73 anos. O escritor e historiador Edson Holtz a?rma que em Filippo: o importante é não se dar por vencido há uma narrativa profundamente humana, fazendo lembrar Shakespeare, com certos amores que, antes interditados, tornam-se possíveis. À medida que se avança na leitura, o leitor pode ter uma visão bem diferente da história o?cial da colonização do norte do Paraná, na qual prevaleceu o quantitativo sobre o subjetivo. Que este livro cumpra sua função como instrumento do conhecimento subjetivo: desa?os, esperanças, dores, amores, preconceitos, generosidades, partilhas. O autor espera que seja lido e que os inspire.