Retraçando as grandes problemáticas africanas das cinco últimas décadas, Séverine Kodjo-Granvaux busca explicitar como a filosofia africana pensa a si mesma e como ela (des)constrói a própria ideia de “filosofia africana” em diferentes contextos históricos e políticos. A partir do enunciado “A Razão não nasce; ela está por toda parte onde o ser humano está” é possível pensar uma filosofia caleidoscópica, múltipla, alimentada por trocas e encontros, consciente de sua pluralidade graças ao exercício da tradução. O filósofo se apresenta então como tradutor e intercessor de conceitos e de noções que estão no cerne das contínuas discussões entre a África e o Ocidente, como aponta Kwasi Wiredu. A própria atividade de traduzir enriquece as filosofias em contato e torna possível a abertura ao outro, aos outros, para construir um si, ver a si em “efeitos de espelho”. Nathalie Narváez Tradução sob a coordenação de Cleber Daniel Lambert da Silva Tradutores: Bernardo Tavares dos Santos, Carlos Fernando Carrer, Cleber Daniel Lambert da Silva, Thiago Ribeiro de Magalhães Leite e Sandro Kobol Fornazari