Concluir a narrativa da Segunda Guerra Mundial no Dia da Vitória é deixar a história apenas parcialmente contada. A guerra não termina quando cessam as batalhas. Soldados derrotados enfrentam longos dias como prisioneiros, os feridos continuam a morrer, pais buscam obstinadamente pelos filhos desaparecidos e os vitoriosos embarcam em missões épicas para caçar líderes inimigos. Em Fim de jogo, 1945, o historiador David Stafford preenche algumas lacunas do conhecimento sobre o fim da Segunda Guerra. Ele revela como, para muitas pessoas, 8 de maio de 1945 - o Dia da Vitória na Europa - foi apenas uma breve pausa na ação. O horror e a dificuldade continuaram por muito tempo depois que os Aliados aceitaram a rendição incondicional da Alemanha Nazista. Para narrar em detalhes o contexto do final do conflito, o autor entrelaça as vidas de pessoas comuns com as maquinações de líderes políticos e militares. Baseando-se em diários, cartas, testemunhos pessoais, memórias e uma extensa bibliografia, ele remonta a elaborada teia de eventos que levaram à verdadeira resolução da guerra. A invasão soviética, o suicídio de Hitler e a consequente rendição por parte do Eixo são partes-chave da história, mas não eram as únicas tramas em jogo à época. Stafford relata histórias de homens e mulheres notáveis. Entre eles, Robert Ellis, um jovem soldado americano que tenta manter a alma intacta em meio à brutalidade da batalha, lutando em território italiano; Robert Reid, um correspondente de guerra viajando com o exército do general George Patton; Reginald Roy, um soldado canadense que enfrenta bravamente a resistência nazista na costa holandesa; e Francesca Wilson, que trabalha na ajuda humanitária e tenta desesperadamente mitigar o sofrimento trazido pela guerra. Aclamado pela crítica, Fim de jogo, 1945 reconstrói os meses turbulentos que moldaram o mundo moderno. Mais do que os principais eventos que levaram ao fim do maior conflito humano já ocorrido - como as mortes de Hitler e Mussolini e a libertação dos prisioneiros dos campos de Buchenwald e Dachau -, o livro oferece um panorama pouco conhecido de homens e mulheres comuns, da Europa em meados dos anos 40 e da derrota do fascismo.