Com a globalização da economia e seus impactos diferenciados em cada país, ganhou terreno, a partir dos anos 1990, o debate sobre a necessidade de se reformar a legislação sindical e trabalhista nacionais, consideradas, em geral, extremamente rígidas para responder às novas necessidades de mercado. Dentre os temas em evidência, no interior do mesmo debate, está o referente à fonte de financiamento dos sindicatos e recursos obtidos por estes junto ao Estado e ao patronato. O estudo aqui desenvolvido procura resgatar a temática das formas de financiamento para o funcionamento das organizações sindicais e fornecer subsídios para as entidades do gênero no Brasil. Afinal, dentre os debates frequentes nos atuais intentos de realização da reforma trabalhista e sindical no país está o referente aos impostos sindicais e outras formas de recursos que, no entender do governo do presidente Luis Ignácio Lula da Silva, bem como de diversos analistas, tem favorecido a proliferação dos 'sindicatos de gaveta' e sem representatividade. Trata-se de estudo eminentemente empírico, onde estão contempladas as situações de financiamento sindical na Itália, Bélgica, Suécia, Inglaterra, Alemanha e França.