FOI ASSIM QUE ACONTECEU

Helena Iriarte investiga as dobras da memória.

Seus personagens retomam suas histórias, na velhice revisam os acontecimentos da infância, compreendem e justificam os outros e, o mais importante, perdoam.
Neste romance, a protagonista assiste a uma representação teatral de sua infância, dos acontecimentos que marcaram sua vida e que acabaram com a harmonia familiar.
Para complementar um texto poético, fazem parte da obra as ilustrações de Iván Rickenmann, artista plástico com uma capacidade única de recriar a atmosfera da cidade, de dar vida e mostrar os espaços e vazios desta casa onde os objetos serão os gatilhos de memórias.

O ESPELHO PELO QUAL A PROTAGONISTA PASSA É O ESPELHO DO TEMPO.

Um dia, na casa da família, onde mora sozinha, ela entra em um quarto guiada por um anjo. Em vez de encontrar quinquilharias e pó sob a poeira, ela descobre que a sala foi transformada em um teatro e que a peça em andamento é sobre sua vida. Desnorteada, entra na sala e se senta na plateia, esperando o início da apresentação.
A trama, como logo descobre, gira em torno de um nó emocional de sua infância, a chegada de Teresa, uma jovem difícil, em sua vida e em sua família.
Perguntas vêm à tona: Por que ela foi morar com eles? Por que ela carrega tanta raiva e tanto ressentimento? Por que ela quebrou a harmonia da família? Qual é o segredo deles?