Antropólogo americano (1858- 1942), de origem alemã, Franz Boas muito contribuiu para a difusão da antropologia nos Estados Unidos. Especialista em línguas e culturas da sociedade indígena americana, fundou a escola relativista, que abrangia como campo de estudo a cultura e sua evolução desde as sociedades primitivas. Para ele, a semelhança e a classificação dos efeitos não eram o ponto de partida da investigação, mas uma meta a ser arduamente alcançada. Não era uma questão de definição ou analogia - tanto na origem como na descoberta, era um problema mais histórico que lógico. Só era possível elaborá-lo atravessando as aparências transcendendo o ponto de vista do observador e desemaranhando a complexidade histórica dos processos que afetam a vida humana para chegar a categorias que não eram fundadas 'na mente do estudioso', mas derivadas dos próprios fenômenos, coerentes com eles e em certo sentido neles embutidas.