Loira, 38 anos, 1,70m, 66kg, comprometida e... devassa! Ela justifica sua incontrolável compulsão por sexo comparando-o ao vício causado por bingo, cocaína, tiramisu, além de o entender como o mais verdadeiro brado de liberdade, "uma vingança contra o tédio, o servilismo, a prisão de grades invisíveis que a todos encarcera". Seu relacionamento "fixo" de sete anos não a impede de se aventurar em contínuos encontros sexuais com desconhecidos. O que leva uma mulher comprometida à sórdida busca do sexo pelo sexo? Corajosa que é, ela se abre - desta vez para falar de seus mais íntimos desejos - no livro 'Fricção - confissões eróticas de uma loura'. O nome dela é Sylvana Sympson, assim mesmo, com "y", que é para "dar um help cármico", segundo sua melhor amiga, esotérica. Se o loiro não é natural, isso não importa: "É das loiras que os canalhas gostam mais, e se tem uma coisa que eu preciso nessa vida é de ser abatida numa cama", justifica ela, sem vergonha nenhuma. Seus amantes - os cachorros, como ela os chama - podem ser encoleirados em qualquer lugar: no escritório, na rua, no metrô. Mas é na Internet que ela conhece muitas presas fáceis da sua caça diária, da sua insaciável fome predadora. Uma espécie de "dama do lotação web", uma "serial fucker", como define Fausto Fawcett ao assinar a orelha do livro. Sempre objetiva, sincera e muito bem intencionada, ela adora doar aos mais necessitados: "... caras desprovidos de favorecimento estético quase sempre acendem meu instinto de fraternidade, como uma assistente social que faz caridade para a banda podre da humanidade". E, apesar de tudo, não se permite depressões. Antenada, busca equilíbrio na ajuda terapêutica, uma forma de conseguir "manter uma certa dignidade dentro da bandalha". Este perfil, certamente, é conhecido por todos. Muito provavelmente, todo mundo conhece algumas - ou várias - mulheres igualzinhas a ela. Muitas outras ao menos gostariam, em segredo, de ser como ela, soltas no mundo.