estátua / errática / sobre a onda / se acabando / estática / senhora / do seu tempo / de alçar voo /
para outros / mares / ser de novo / estátua / errática / rainha
Trecho do poema “Ser gaivota”, de Marcia Vinci
Senhora do seu tempo, como no poema “Ser gaivota” que compõe estas páginas, Marcia Vinci volta à escrita de linhas inquietantes e contemporâneas após sua estreia, em 2017. poemas do sim e do não foi o gatilho que trouxe a este estopim. Funâmbula é ritmo acelerado, urbano, insone, é força motriz.
Se em seu primeiro volume “corria o vento forte de uma vida inteira” (palavras de José Miguel Wisnik), neste sopra a brisa de um tempo presente, atual. Muitas janelas se abrem no decorrer do universo convidativo de Marcia, e por elas vemos alguns de seus afetos. Poemas acenando Tunga, Drummond, Leminski e Proust, entre outras referências importantes para a autora, nos contam com que material Marcia tece sua colcha de retalhos.
Como bem descreve Joselia Aguiar na orelha da obra, “a equilibrista vai traçando no espaço e com graça toda a história da sua – e da nossa – vida.” Sejamos, então, bem-vindos!
Sobre a autora__ Marcia Vinci nasceu em Poços de Caldas, Minas Gerais, em 1933, e vive em São Paulo desde 1951. É autora do livro poemas do sim e do não (paraLeLo13S, 2017). Estudou Letras Neolatinas na Universidade de São Paulo e trabalhou na rede pública de ensino como professora de português e francês até a aposentadoria.
para outros / mares / ser de novo / estátua / errática / rainha
Trecho do poema “Ser gaivota”, de Marcia Vinci
Senhora do seu tempo, como no poema “Ser gaivota” que compõe estas páginas, Marcia Vinci volta à escrita de linhas inquietantes e contemporâneas após sua estreia, em 2017. poemas do sim e do não foi o gatilho que trouxe a este estopim. Funâmbula é ritmo acelerado, urbano, insone, é força motriz.
Se em seu primeiro volume “corria o vento forte de uma vida inteira” (palavras de José Miguel Wisnik), neste sopra a brisa de um tempo presen