A Musa editora lança uma personagem de ficção, isto é, um novo ente imaginário criado por Christiane Wagner para Nikolas, seu filho pequeno. Aventureiro, herói positivo, dado a descobrir novos mundos, como Cabral descobriu o Brasil, Colombo descobriu a América. A Musa Editora descobriu Garu-Rapoti. Por meio da carta da editora da Brasiliense, Danda Prado, a outro editor, datada de 12 de junho de 1997, recomendado-lhe o livro que ela gostaria de editar, mas não poderia naquele momento: Apesar denão ser meu costume recomendar títulos a companheiros de jornada, conhecendo bem as montanhas de originais que nos chegam, resolvi abrir uma execução neste caso, abusando seu tempo. Ref.: Garu-Rapoti na Ilha Arco-íres, Christiane Wagner [outra aventura da série]. Não conheço a autora pessoalmente, mas achei um desperdício recusá-lo sem mais, dado o quanto me agradou. Nós, porém, não estamos no momento lançando livros infantis com a exceção de Monteiro Lobato. Os desenhos são excelentes, assim como a linguagem do texto sem diminutivos piegas. Mas o que mais me agradou foi o conteúdo, a relação criança/meio ambiente, as três pedrinhas funcionando como pó de pirlimpimpim, os animais são metamorfoseados com vestuário humano e, em particular, oacento na solução para os imprevistos (o peixe não foi pescado, foi preciso arrumar outra comida, pois o importante era estarem todos juntos), na curiosidade, na criatividade das pessoas. Esperando que agrade a vocês.