Uma seleção de 100 grandes escritores celebrados por Harold Bloom como mentes brilhantes da criação literária Um gigante entre os críticos... Seu entusiasmo pela literatura é contagiante. New York Times Sunday Magazine Um mestre do entretenimento. Newsweek Bloom é simplesmente um sacerdote da grandeza humana. The Irish Times O que é um gênio? A resposta a esta pergunta pode enveredar por inúmeros e complexos significados. Para organizar a antologia Gênio, que reúne cem nomes essenciais da literatura mundial de todos os tempos, o crítico americano Harold Bloom lançou mão de uma definição estritamente pessoal do conceito de genialidade. Para ele, fundamentalmente, consciência é o que define o gênio: Todas as mentes criativas exemplares aqui incluídas contribuíram para a expansão da consciência dos respectivos leitores e ouvintes. As questões que devemos colocar a qualquer escritor são as seguintes: ele ou ela alarga a nossa consciência? E como isso se dá? Sugiro um teste simples, mas eficaz: fora o aspecto do entretenimento, a minha conscientização foi aguçada? Expandiu-se a minha consciência, tornou-se mais esclarecida? Se não, deparei-me com talento, e não com gênio. Aquilo que há de melhor e de primordial em mim não terá sido tocado , esclarece Bloom. Com a escrita sensível de um leitor apaixonado e a argúcia crítica de estudioso erudito, Harold Bloom nos leva a uma fascinante viagem pelo mundo da literatura, contemplando-nos com visões originais de textos consagrados. Desde a Bíblia até Sócrates, passando pelos feitos transcendentais de Shakespeare e Dante, até chegar a Machado de Assis, Faulkner e Hemingway, Bloom atravessa séculos, apontando insuspeitas analogias entre os gênios por ele selecionados, as surpreendentes influências que se estabeleceram ao longo do tempo. Único brasileiro a figurar na privilegiada coletânea Machado de Assis é incluído na série de escritores que Bloom classifica como mestres da narrativa erótica , da qual fazem parte também Flaubert, Eça de Queirós, Jorge Luiz Borges e Italo Calvino. A genialidade de Machado , argumenta o crítico, é manter o leitor preso à narrativa, dirigir-se a ele freqüentemente e diretamente, ao mesmo tempo em que evita o mero realismo (que jamais é realista) . Da obra machadiana, Harold Bloom aponta o romance Memórias póstumas de Brás Cubas como o seu favorito: O livro é cômico, inteligente, evasivo, uma leitura prazerosa, oração após oração. O gênio de Machado nega qualquer páthos, ao mesmo tempo em que subverte todos os supostos valores e princípios, bem como a suposta moral. Ao longo de meio século de ensino de literatura e produção bibliográfica, Bloom vem cativando leitores com a generosa partilha de sua erudição, em textos que encantam pela clareza, inteligência e sensibilidade. Gênio é obra de referência indispensável a todos os que desejam ter uma visão ampla do melhor da literatura de todos os tempos.