Desde os anos 1930 do Século XX que ouvimos dizer, com frequência, que o petróleo é 10 por cento de economia e 90 por cento de política. O choque petrolífero dos inícios dos anos de 1970, várias guerras levadas a cabo pelo e para o petróleo, assim como o preço do «crude» que, desde 2004 «incendeia», sobretudo sob a pressão dos tensões geopoliticas, parecem confirmar esta fórmula. O barril ultrapassou os preços recorde colocando em evidência os consideráveis desafios e tensões nos mercados petrolíferos. Esta geopolítica dos hidrocarbonetos revela o peso determinante, na cena internacional, dos actores tradicionais, companhias e países produtores, mas também dos recém chegados ao clube dos grandes países consumidores. Mais do que nunca, os grandes desafios da segurança dos aprovisionamentos e das infra estruturas são deferminantes, porque as ameaças terroristas juntam-se, doravante, às incertos capacidades dos diferentes actores para responder a uma crescente procura desta energia que há mais de um século faz girar o mundo. Esta obra é esclarecedora com uma visão global sobre a evolução das relações internacionais através dos geopoliticas do petróleo, que bem podem explicar e ou prefigurar os conflitos. 0 maior interesse deste livro, único no seu género, reside no ligação subtil que o autor, grande conhecedor destas questões, nos propõe analisar entre uma bela descrição dos desafios planetários de potências e afirmações políticas regionais e a sua evolução através de uma voltaao mundo das maiores zonas de produção, as «rotas do petróleo» onde se desenrolam grandes manobras, mais estratégicas que nunca, entre actores estatais, companhias petrolíferas transnacionais e interesses políticos e financeiros mundializados.