Do aparente caos que caracteriza a epopeia terrestre — cuja civilização cambaleia, errante —, emerge a ordem que encadeia os fenômenos sob a autoridade do governador solar, Jesus. Desde os primórdios, a Terra foi programada como um educandário que visa à redenção de diferentes raças espirituais, mas que guardam em comum o traço da rebeldia, quando não da maldade. Com esse projeto, levado a cabo pela mais excelsa inteligência de que temos notícia, o planeta não poderia deixar de ser um caldeirão fervente de interesses conflitantes, contradições e disputas atrozes.
Em meio às quedas de braço entre facções rivais e ideologias escravizantes, sintetizadas na figura bíblica do dragão, sobressai a política do Reino, anunciada nas bem-aventuranças e no “amai-vos uns aos outros”. Mesmo quando a nau terrena singra mares turbulentos, Jesus — que foi capaz de transformar as palhas murchas da manjedoura em trono do Sistema Solar — detém o controle do timão e assegura a travessia das tormentas. Afinal, o sermão profético e o Apocalipse avisam que, desde a partida, o percurso prevê tempestades.
Em ensaios que se interligam cronologicamente, o autor alinha os fatos históricos. Aborda desde a Atlântida e os povos da Antiguidade até a formação da Igreja e a Reforma Protestante, analisa a Revolução Francesa e disseca os bastidores espirituais das duas guerras mundiais, detendo-se a revelar um Hitler ignorado e exaltar a figura decisiva de Mahatma Gandhi.