Na atualidade, encontra-se uma realidade complexa e contraditória, levando em consideração o agravamento e aprofundamento da questão socioambiental, a partir do intenso avanço das medidas ultra neoliberais que afetam drasticamente a gestão das políticas públicas sociais no Brasil. O período dos anos de 2020 e 2021, marcou a sociedade mundial com a pandemia da Covid-19, a qual inaugurou uma crise sanitária que revelou a fragilidade do sistema de saúde e de proteção social brasileiro. Esse contexto de crise agudizou a crise econômica e política, principalmente, nos países de capitalismo periférico. Assim, o Estado brasileiro organiza respostas ao enfrentamento dessas questões a partir de um modelo de gestão tradicional e com viés de extremo conservadorismo, refletindo no aprofundamento da questão socioambiental, atingindo diretamente a classe trabalhadora. Essa investigação partiu do pressuposto que a gestão democrática e participativa consiste em uma opção gerencial que favorece a construção de comunidades participativas e com um mínimo de mobilização política dos moradores. Considerando que o tipo de gestão adotado pelas associações de moradores de bairro poderá determinar o tipo de relação estabelecida entre os membros da diretoria da associação e a população do bairro, como também, poderá garantir ou não, o desenvolvimento de uma cultura de participação popular que efetive a organização e mobilização política das pessoas que vive em um determinado território. Essa situação reflete nas lutas e movimentos que poderão garantir respostas do poder público municipal em atender as principais necessidades dessas comunidades. Prof.ª Dr.ª Maria José de Oliveira Lima