O mercado da saúde tem passado por grandes desafios, principalmente, relacionados à sustentabilidade. Operadoras de saúde têm repensado estratégias de sobrevivência em um cenário no qual as falhas assistenciais e o desperdício de recursos em saúde mostram-se como potenciais ofensores para sobrevivência dessas empresas, enquanto fonte pagadoras. A aproximação da fonte pagadora do prestador de serviço de saúde é uma das estratégias para que sejam repensados tanto o processo assistencial de saúde no Brasil, como as formas de pagamento, considerando a reflexão sobre a performance e os desperdícios. Nesse contexto, faz-se imprescindível a implantação dos processos de governança clínica, aqui especialmente em hospitais, com um olhar ampliado para todo o cuidado assistencial. Embora tenhamos alguma literatura sobre o tema, pôr em prática o processo de governança clínica ainda se mostra como um grande desafio, especialmente para aqueles que estão designados para o cargo, bem como para organizações hospitalares que têm prazos e pressões do mercado. Conhecer os pilares da governança clínica e, principalmente, como de fato eles acontecem no dia a dia no ambiente hospitalar é o que o leitor vai encontrar, de forma sucinta, objetiva e prática nesta obra. O processo de implementação, ou seja, etapas, desafios, exemplos práticos comentados na obra, certamente ajudará o leitor a clarificar como fazer tanta teoria sobre efetividade e eficiência clínica, gestão de riscos clínicos, experiência do paciente e auditoria clínica se transformarem em processos de trabalho em ambiente hospitalar. O “como fazer” do processo de governança clínica está claramente explicitado na obra, com exemplos práticos, dicas valiosas e reflexões sobre o cenário da saúde e da qualidade da saúde com um olhar para a inovação e para a sustentabilidade.