Um dos modelos de comportamento que busco para mim, profissionalmente, é o reaprendizado contínuo. Caminhamos nessa esteira rolante do mundo com uma velocidade cada vez maior, quase correndo, e ao não rever a todo instante o quão válidos estão os conceitos e as premissas que adotamos como verdadeiras em nossas vidas (especialmente num mercado dinâmico como o da comunicação digital e impressa) podemos nos tornar fósseis da noite para o dia. Este livro é um mapa, onde o próprio leitor vai costurando os artigos, preenchendo as lacunas e avaliando como a comunicação impressa sofreu profundas transformações ao longo das últimas décadas, perdendo espaço para o meio digital e para uma sociedade que não se comunica mais da forma tradicional. Para não sufocar, a tecnologia gráfica – plataforma da comunicação impressa – teve que enveredar para outros rumos, como o da comunicação visual, promoção (embalagens e peças de apoio), impressão industrial e tantos outros segmentos novos e fora do eixo convencional dos empresários gráficos. É claro que mudar não é só uma reorientação comercial. Mudança implica em buscar novas competências, novos modelos de negócios e alianças com o meio digital para uma entrega mais coerente com o que os novos consumidores estão buscando. Está tudo aí, nas próximas páginas. Cabe ao estimado leitor montar esse fascinante quebra-cabeça chamado “o futuro da indústria gráfica”.