Guido Morselli: eu, o mal e a imensidão sai em edição bilíngue para participar, por um lado, de um debate sobre um autor que na Itália começa a ver reconhecido seu espaço no panorama literário do século Xx, por outro, para divulgar a obra de um escritor ainda pouco conhecido no Brasil. É fruto da colaboração heterogênea, espera-se complementar, não necessariamente convergente, de três docentes de literatura italiana que atuam em latitudes diferentes: heterogênea, porque são diversas as abordagens ao universo morselliano, da cultural, à ideológica, à narratológica; complementar, porque procurou-se dar conta da inteira produção do autor, da narrativa, à ensaística, à teatral; não necessariamente convergente, porque a pluralidade das leituras pode proporcionar interpretações clivadas. Esse livro não tem a pretensão de ser sistemático, nem tampouco exaustivo. Quer, ao contrário, evidenciar alguns pontos-chave, artísticos e ideológicos, do prisma morselliano. Fragmentos, se quisermos pensar na praxe benjaminiana, com que se espera poder contribuir utilmente à reconstrução do seu mundo particular e, até pouco tempo atrás, submerso.