Pela primeira vez, numa sociedade que apesar de moderna continua machista, uma mulher tem a coragem de mergulhar nas dores masculinas de um amor mal amado. Desde pequenos, os homens são ensinados que "homens são fortes, não choram, não sofrem". A autora Taty Ades fez do "amor e suas dores" o seu interesse de estudo. Teve oportunidade de frequentar o MADA e vários outros grupos anônimos. Inquietou-se por não encontrar um espaço dedicado aos homens vítimas do amor patológico, para receberem apoio e orientação. Nascia dai uma pergunta: seria possível não existir homens que amam demais? Verificou o quanto os grupos MADA tem beneficiado às mulheres que amam demais e aventurou-se numa pesquisa para checar se este inferno do amor patológico seria característica apenas do sexo feminino. Para a sua grande surpresa, vários depoimentos e pedidos de ajuda de homens doentes por amor se fizeram presentes. A autora iniciou uma verdadeira campanha para ajudar este público tão sofredor, preso na sua própria angústia pelo medo de ser marginalizado.