HERDEIROS DA ETERNIDADE

João Paulo não era, em nível pessoal, o mais sociável dos indivíduos, embora soubesse dissimular isso muito bem, inclusive por força de suas funções. Hoje, infelizmente, reunir-se com o Presidente era inevitável, e o pior: estaria ali como portador de más notícias. As novas do que parece uma invasão extraterrestre certamente não seriam bem-vindas em uma gestão já com problemas o bastante. Não eram suficientes todas as corrupções, tão difíceis de serem mantidas fora da mídia? E, agora, “visitantes”?


As especulações sobre quem seriam eram ilimitadas. Ninguém poderia supor que tipo de tecnologia conheciam. Se eram capazes de utilizar formas desconhecidas de energia. Se poderiam romper as barreiras da matéria e explorar outros universos teóricos. Se eram senhores da vida e da morte.
Evitamos o desconhecido por temê-lo, mas, algumas vezes, é ele que vem até nós – e se faz inevitável.


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Herdeiros da Eternidade é como muitos livros em um só. Em um cenário frio, sem vida e sem valores, de tecnologia, espionagem e burocracia, misturam-se temas profundamente humanos, que nos convidam a pensar filosofia e teologia, culpa e redenção, quem somos e quem gostaríamos de ser. Uma leitura empolgante e transformadora.