A partir do século XV a aproximação das culturas africanas, europeias e asiáticas tornou-se inevitável. A chegada do navegador português Vasco da Gama às Índias em 1498, contornando o território africano, estabeleceu os primeiros passos para a sistematização do interesse dos europeus pela África e pela Ásia. Além de Vasco da Gama, Marco Polo e Ibn Battuta já haviam revelado o seu fascínio e estranhamento diante dos costumes e das características dos povos africanos e asiáticos. Há algumas décadas, uma vigorosa historiografia africana escrita por senegaleses, nigerianos, angolanos, egípcios e também ingleses, americanos e franceses, procura desfazer a “vitimização” associada ao colonialismo europeu imposto ao continente. Impossível conhecer profundamente o cenário atual africano sem analisar os efeitos da presença colonizadora até o século XIX. A África do século XXI é o resultado deste cenário - ainda com epidemias, fome, genocídios etc -, mas com algumas boas perspectivas. A costa Atlântica tem apresentado países com crescimento contínuo, o norte islamizado rompeu com o autoritarismo de seus regimes políticos e o litoral do Índico tem ampliado sua integração com as crescentes economias asiáticas. A leitura de História da África contemporânea é uma oportunidade de conhecer novas possibilidades para o mundo de um rico continente ainda cheio de desafios.